3ª Conferência do Hospital Sofia Feldman destaca o desfinanciamento do SUS

O Conselho Local de Saúde do Hospital Sofia Feldman (HSF) realizou, na sexta-feira, 24/2, a 3ª Conferência de Saúde do HSF, reunindo dezenas de conselheiras e conselheiros do hospital, do Distrito Sanitário Norte (região onde a instituição está localizada) e do município para abordar os eixos temáticos e o tema da 17ª Conferência Nacional de Saúde (17ª CNS), “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia”.

 A presidenta do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), Lourdes Machado, compôs a mesa de abertura, que contou ainda com as presenças do presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto; do presidente do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH), Antônio Pádua; do presidente da Associação Comunitária de Amigos e Usuários do HSF (ACAU/HSF), Samuel Fernando dos Reis; da representante da Linha de Políticas Institucionais do HSF, Tatiana Coelho; da presidenta do Conselho de Saúde do HSF, Regina Capistrano; e da representante da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Taciana Malheiros.

Esta conferência é parte da etapa preparatória para a 16ª Conferência Municipal de Saúde de Belo Horizonte, e o momento de apresentar propostas que serão remetidas ao CMSBH. A nível hospitalar um dos desafios mais citados pelas pessoas delegadas da Conferência do HSF foi o desfinanciamento e as implicações na gestão de hospitais que atendem 100% ao Sistema Único de Saúde (SUS), como é o caso do Hospital Sofia Feldman.  

De acordo com Fernando Pigatto, é importante destacar que estamos vivendo um novo momento em nosso país, em que é preciso avaliar o que aconteceu neste período mais recente da história do SUS, que sem dúvida foi o pior em todos os aspectos, inclusive do ponto de vista do desfinanciamento, o que implicou, inclusive, em dificuldade para que a população tivesse acesso aos serviços de saúde e em que a própria democracia foi ameaçada. “Tudo isso faz parte daquilo que lutamos para reverter situações que não são as melhores, que não são as ideais para a população brasileira”, complementou.

Pigatto disse estar feliz por conhecer a experiência do Sofia, um hospital 100% SUS, que apesar de sofrer as consequências do desfinanciamento, resiste, ao mesmo tempo em que apresenta uma experiência que é referência. “Conhecer essa experiência é motivo de muito orgulho, ainda mais em um espaço de defesa da vida”, acrescentou.

Lourdes Machado, que também participou da mesa redonda “o Sofia em cena: garantindo direito à saúde e defesa da vida”, destacou a presença de tantas mulheres na mesa de abertura da Conferência, ocupando espaços, especialmente no Sofia que é uma potência no cuidado com a Saúde da Mulher e disse que as conferências de saúde são um momento histórico em que a democracia tem que ser defendida. A presidenta destacou o segundo eixo da 17ª CNS, “o papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas”, pois é preciso falar de inclusão, apoiando todas as pessoas em situação de vulnerabilidade, em uma convergência de forças pela Saúde Pública e pelo cuidado.

O presidente do CMSBH, Antônio Pádua, lembrou que a 3ª Conferência de Saúde do HSF é um momento importante para a participação coletiva, em um espaço de construção de propostas e dos anseios dos segmentos que compõem o conselho do hospital. “ O Sofia é referência por seu protagonismo. Entendemos ser importante atualizar o financiamento para amenizar problemas, fortalecendo nosso bem maior que é o SUS”, destacou.

Da mesma forma, o presidente da ACAU/HSF, Samuel Fernando dos Reis, disse que o papel do controle social ao salvar vidas é no sentido de fortalecer o SUS para que ele seja autossustentável. “O SUS que queremos para o amanhã deve passar por propostas que cheguem à (conferência) nacional e sejam aprovadas e cumpridas”.

A representante da Linha de Políticas Institucionais do HSF, Tatiana Coelho, lembrou que o Sofia apresenta números robustos nos 40 anos de existência, que somam mais de 250 mil nascimentos, resultado de uma gestão compartilhada e de um hospital criado pela comunidade. De acordo com Taciana Malheiros, representante da SMSA, é preciso que o controle social, um dos pilares do SUS, mantenha a sua forma nesse momento de reconstrução. “Precisamos manter a grandeza da Reforma Sanitária, grandeza que originou o SUS e protagonismo nas conferências”.

A presidente do Conselho do HSF, Regina Capistrano, acrescenta que este é um momento fértil para a reconstrução, inclusive, da política de saúde materno-infantil e nos desafios do subfinanciamento.

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1 comentário em “3ª Conferência do Hospital Sofia Feldman destaca o desfinanciamento do SUS

  • Venho aqui através deste espaço parabenizar toda equipe do Sofia Feldman pelo atendimento humanizado aos pacientes, tenho 3 netinhos que nasceram nesta maternidade e a última nasceu com problemas sérios e foi socorrida a tempo e toda a atenção foi oferecida.Penso que tem que haver todo um investimento para que está maternidade continue oferecendo partos humanizados.Agradeço a todos .

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