O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional da Saúde (Cao-Saúde), promoveu nesta terça-feira (3/10) o Seminário Políticas Públicas de Proteção à Saúde da Mulher e da Gestante, realizado na Associação Médica de Minas Gerais.
A presidenta Lourdes Machado (CRP-MG) representou o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais ao lado das conselheiras estaduais Marília Oliveira Santos (Federassantas) e Sandra Maria dos Santos (Sintsprev).
O evento contou com painéis, palestras e debates que abordaram a importância da atenção à saúde da mulher e gestantes. A professora da faculdade de medicina da Universidade de São Pulo (USP) Rossana Pulcineli, a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Regina Aguiar, a subsecretária de redes de atenção à saúde Camila Moreira e o procurador de justiça aposentado do Ministério Público de São Paulo (MPSP) Arnaldo Hossepian participaram dos painéis.
O conselheiro municipal de Guaxupé e médico de família e comunidade Nilo Sérgio destacou a importância de união de todos os setores da saúde para a diminuição da mortalidade infantil. “Com o trabalho no controle social, junto do Ministério Público, o apoio da população e a gestão nos municípios (nós) conseguiríamos reduzir muito a mortalidade materna em hospital”, disse.
A psicóloga e representante da Secretaria municipal de Saúde de Congonhas Uiara Marcossi elogiou o tema do evento e busca pela qualidade no atendimento da saúde da mulher e redução da mortalidade materna e infantil. “É preciso que todos trabalhem juntos para melhorar e olhar com mais atenção para as políticas públicas da saúde da mulher. Mesmo que esteja crescendo, para quem está na ponta trabalhando no dia-a-dia, apesar dos avanços, ainda fica coisa para trás”, destacou.
Participação do CES-MG
A presidenta Lourdes Machado falou sobre o evento, destacando a importância das políticas públicas materno-infantil, uma vez que ainda é alto o índice de mortes de gestantes e recém-nascidas/os. Lourdes também falou sobre o papel do CES-MG na construção dessas políticas públicas. “[é importante] este momento com o controle social participando. Nós já votamos essa política na plenária do conselho para que podemos fomentar e melhorar as políticas públicas materno–infantil”, finalizou.
Prêmio Mellyssa
O coordenador do CAO-Saúde Luciano Moreira falou do papel do Prêmio Mellyssa na luta contra a mortalidade materna e infantil. “O Prêmio Mellyssa visa premiar práticas de servidores púbicos voltadas para o enfrentamento da mortalidade materna e infantil no âmbito da atenção primária. Isso é um trabalho essencial, uma vez que mortes de mulheres gestantes e crianças são evitáveis. Portanto, nós do Ministério Público queremos promover saúde materna e infantil sobretudo por meio de práticas inovadoras, criativas e que são realizadas por aqueles que têm maior acesso e sensibilidade no trato dessas questões: os profissionais de saúde que estão no dia-a-dia vivenciando a dificuldade dessas pessoas”,
O Prêmio Melyssa foi criado para valorizar ações de enfrentamento contra a maternidade infantil no estado de Minas Gerais. O nome é uma homenagem à Mellyssa, criança que morreu após o nascimento por uma infecção congênita que não foi diagnosticada no pré-natal, onde deve ocorrer o exame de detecção.
