CISMu dialoga sobre propostas voltadas para saúde das mulheres no PES 2020-2023

Nessa segunda-feira (20), a Comissão Intersetorial de Saúde das Mulheres (CISMu) realizou sua plenária mensal para dialogar sobre o 2º Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA), avaliando ações decorrentes do Plano Estadual de Saúde (PES) 2020-2023 direcionadas à saúde das mulheres. A reunião foi conduzida pela 1ª secretária do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) e coordenadora da CISMu, Gláucia Batista (CRESS-MG). Técnicas da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apresentaram todos os indicadores referentes às metas, ações a que estão vinculadas e o andamento de cumprimento de cada uma delas, como por exemplo números de óbitos maternos; aumento da razão e exames citopatológicos de colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos; mamografia de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos etc.

Foram apresentados os indicadores de parto normal em Minas Gerais. “Minas Gerais tem 40 centros de parto normal, sendo três habilitados pelo Ministério da Saúde. Os maiores desafios são a oferta de profissionais de Enfermagem Obstétricas e a vinculação a uma maternidade de referência”, disse a representante da SES-MG, Lírica Mattos. Após pergunta da presidenta do Conselho Regional de Nutrição, Erika Carvalho, a respeito das propostas da gestão em relação ao levantamento de dados de mortalidade por câncer e sobre o incentivo à amamentação, prevenção no âmbito nutrição, alimentação e atividade física, a representante da SES-MG, Aline Machado destacou a vacinação, exemplificando o papel na luta contra o câncer. “A vacinação contra o HPV pode, em 10 anos, eliminar o câncer de colo de útero, que é um câncer prevenível”, disse. Além disso, ressaltou que somado a isso são necessárias ações de educação para a importância dessa vacina.

A representante da SES-MG, Clara Diniz, após questionamento de Gláucia sobre a não inclusão das propostas aprovadas na I Conferência Estadual de Saúde das Mulheres e de indicadores como os de equidade, disse que o PES 2024-2027 irá separar a saúde materno infantil para trabalhar a saúde das mulheres e será discutido pelo pleno do CES-MG em dezembro, com a inclusão dos indicadores de equidade.

Gláucia e outros  participantes da reunião fizeram variados questionamentos às áreas técnicas da SES-MG que demandaram dados a serem encaminhados à CISMu posteriormente, por escrito. Dentre eles, estão os dados sobre mulheres vivendo com HIV em Minas Gerais; números de exames citopatologicos por região do estado; ações de acompanhamento de exames positivos para sífilis no pré-natal sejam acompanhados; o estado do incentivo do aleitamento materno nas maternidades; a quantidade e localização das Casas de Apoio à Gestante e à Puérperta; ações para atendimento em relação a mulheres com deficiência;

Gláucia disse que, seria importante cada criança que nascesse com sífilis congênita se tornasse evento sentinela e que é preciso que o exame seja disponibilizado na atenção primária à saúde, destacando que “no século 21 não devíamos ter isso”.

Assista a plenária na íntegra:
https://www.youtube.com/watch?v=g_dfpyvS5Ow

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