Defesa do SUS, educação popular, documentários e economia solidária movimentam a 4ª CEGTES

Atividades autogestionadas compartilham experiências na 4ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

As autogestionadas são atividades integradas ao espaço de compartilhamento de experiências na programação da 4ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (4ª CEGTES). A ideia é levar atividades expositivas e práticas de educação popular e práticas Integrativas e complementares em saúde, de caráter não deliberativo, de responsabilidade de organizações e instituições interessadas.

As atividades giraram em torno do tema da conferência “Democracia, Trabalho e Educação na Saúde para o Desenvolvimento: Gente que faz o SUS acontecer”, alicerçado nos três eixos temáticos. As atividades ocorreram durante o evento e foram coordenadas pela 1ª diretora de Comunicação e Informação do SUS, Marília Oliveira (Federassantas) que compartilhou sua visão sobre o desempenho das atividades: “foi um momento importante, aonde os expositores puderam interagir com seus trabalhos e a temática proposta pela Conferência Estadual. Trouxe o belo através dos seus artesanatos, no compartilhamento de oficinas, documentários e PiCS, apontando que gestão do trabalho e trabalhador andam juntos, pois a efetivação da política se dá com a união  de ambos.”

Entre as atividades, foi relizada a exibição de dois documentários, um deles intitulado “Toda forma de ser”, que retrata o cotidiano de lutas e alegrias das famílias de crianças com microcefalia; e outro chamado “Sobre vHIVências”, que documenta a trajetória de pessoas que vivem com HIV/AIDS. O debate foi conduzido por Rilke Novato Públio (CRF) e Berenice Freitas Diniz, que integra o grupo de pesquisa de saúde, educação e cidadania da Fiocruz. Na exibição, estiveram presentes pessoas usuárias e trabalhadoras do SUS, que discutiram o direito integral à saúde.

Berenice relata qual foi o impacto e o que foi discutido entre as pessoas que assistiram aos filmes. “As pessoas trouxeram suas vivências relatando casos na família de alguém com alguma deficiência ou com HIV, ou trabalhavam em um setor que atendia essas pessoas. E aí eles trouxeram a discussão de como que os filmes sensibilizam, mais do que palestras. Acho que foi muito importante esses debates antes da conferência, porque possibilitou um olhar mais sensível para o que foi discutido depois nas propostas”.

A Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS participou das atividades. A dinâmica foi a apresentação de duas pautas com o objetivo de simular uma negociação relacionadas às temáticas da mesa, com a participação dos segmentos. Cerca de 250 pessoas participaram e revezaram simultaneamente nas duas mesas. A secretária-executiva da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS, Núbia Dias, relatou como foi a experiência de conduzir esta oficina. “Foi muito rico, as pessoas tiveram um retorno muito positivo de como acontece essa negociação. As pessoas usuárias escolhiam o papel de gestão no momento dessa negociação. Pessoas trabalhadoras escolhiam o papel de usuárias nesse momento de negociação. Isso foi muito rico porque qual era o nosso objetivo? Primeiro, divulgar a mesa de negociação permanente do SUS. E, segundo, estimular a implantação das mesas regionais e municipais no nosso estado de Minas Gerais. ”

Outra atividade que teve um grande número de participantes foi as atividades relacionadas à educação permanente, educação na saúde e educação continuada, com mais de 180 pessoas na lista de presença. Coordenada pela conselheira estadual de Saúde Gláucia Batista (CRESS-MG) e por Maria Izabel Braz, foram feitas duas oficinas bastante participativas, cuja experiência pode ser repetida na 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Gláucia conta também que a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) também participou das atividades.

Além das oficinas, também estava acontecendo a Feira da Economia Solidária, que reuniu diversas pessoas expositoras. Entre elas, estavam duas representantes dos povos originários, que expunham peças artesanais da cultura indígena. A Associação de Trabalho e Produção Solidária de portadores de sofrimento mental – Suricato, também participou expondo livros e peças de decoração relacionadas ao tema.

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