As conselheiras Fernanda Coelho, Luna Oliveira (COLETIVO BIL) e Leida Uematu (FMSM) representaram o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) na reunião do Comitê de Saúde Integral da População LGBT, realizada no dia 28/11, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. Um dos objetivos do encontro foi discutir a definição do calendário de reuniões do Comitê para o ano de 2026.
No período da manhã, houve apresentações sobre os Indicadores de Equidade e sobre a Política Estadual de Ampliação do Atendimento da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Minas Gerais – Programa Amplia PrEP, que atualmente atende 73 Serviços de Atenção Especializada (SAEs), 65 municípios e 53 microrregiões de saúde do estado. Durante a discussão, constatou-se a ausência significativa de dados referentes a homens bissexuais, já que não há coleta específica desse recorte nem pelo Estado nem pelo SUS em âmbito nacional. Deliberou-se pelo encaminhamento dessa pauta ao CES-MG.
Também foram discutidas estratégias para capilarizar a PrEP na Atenção Primária, bem como o uso do teleatendimento e a possibilidade de entrega dos medicamentos pelos Correios.
À tarde, a reunião contou com mais uma apresentação, desta vez da professora Flávia Teixeira, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que abordou a saúde da população trans e o Programa PAES Pop Trans, o qual garante acompanhamento à população trans ao longo de todo o ciclo de vida, incluindo o cuidado à sua rede de apoio. Como encaminhamento, foi solicitada a implementação do Programa PAES Pop Trans no âmbito do Estado de Minas Gerais, bem como o envio dessa pauta ao CES-MG, para que o Conselho possa apoiar a inclusão dessa meta ou ação na PAS 2026.
A segunda pauta da parte da tarde tratou da avaliação dos indicadores da Resolução SES-MG nº 9.076/2023. No Indicador 4, foram discutidas as dificuldades dos municípios na implantação das metas, resultando na proposta de uma reunião conjunta entre os comitês estadual e municipais de saúde LGBT.
No Indicador 6, debateu-se o acesso da população LGBT aos serviços de saúde, destacando a importância do registro adequado de orientação sexual e identidade de gênero e a apresentação de uma nova plataforma para lançamento desses dados.
Também foram apresentados os resultados do 1º quadrimestre, com diagnóstico de que a maioria dos municípios ainda não possui ato normativo referente à saúde integral da população LGBT.
20 total views, 1 views today
