Dia Mundial da Saúde Mental

10 de outubro

Dia Mundial da Saúde Mental

Este dia visa chamar a atenção pública para a questão da saúde mental global, e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticos ou sócio-econômicas. Esta data foi criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health). A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde mental uma prioridade e defende que a questão da saúde mental não é estritamente um problema de saúde.
No Brasil, Em tempos de comemoração dos 30 anos do marco da Reforma Psiquiátrica Brasileira e do Movimento da Luta Antimanicomial, onde trabalhadoras(es), usuárias(os), familiares e gestoras(es) lutaram pela inclusão da diferença, pela garantia de direito, autonomia e reinserção social das pessoas em sofrimento mental, e por uma Sociedade sem manicômios, o Ministério da Saúde lançou a Portaria Nº 3.588, de 21 de dezembro de 2017, que dispõe sobre alterações na Rede de Atenção Psicossocial. O debate vem ocupando os espaços sociais e políticos e não nos permite indiferença, sobretudo porque diz respeito à cidadania e à liberdade do cuidado para as pessoas em sofrimento mental e usuárias(os)de álcool e outras drogas.
O momento atual é de retrocessos na democracia e na reforma psiquiátrica. Estamos vivendo certamente o momento mais difícil do Sistema Único de Saúde, da Reforma Psiquiátrica e da luta pela utopia de uma sociedade sem manicômios. Este retrocesso não ocorre dissociado do contexto político no qual atravessa o nosso país.
O SUS e a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial: Uma Preciosa Parceria.
Ao direito à liberdade, associa-se o direito à vida e à saúde. E aqui, a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial faz um laço decidido e decisivo com outro projeto igualmente revolucionário: o Sistema Único de Saúde. Ambos travam lutas cotidianas na defesa do direito à vida digna e se confrontam com mesquinhos interesses. Ambos propõem a construção de cidades nas quais a saúde é mais que a ausência de doença e consideram que todas as pessoas são iguais em direitos.

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