Conselhos de Saúde realizam ato em defesa do SUS

Frente em Defesa do SUS encaminhou nota de posicionamento contrário ao novo modelo de financiamento da Atenção Básica para o Ministério da Saúde

por Sílvia Amâncio (ASCOM/CES-MG)

Na tarde dessa segunda-feira (09), conselheiras e conselheiros de saúde realizaram caminhada pela região hospitalar de Belo Horizonte/MG em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e contra a nova proposta de financiamento para a Atenção Básica proposta pelo Ministério da Saúde.

O ato foi uma iniciativa da Frente em Defesa do SUS que conta com várias entidades, entre elas o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), que se posicionaram contra os desmontes das políticas públicas de saúde.

Participantes da palestra na Faculdade de Medicina da UFMG

No mesmo dia pela manhã, foi realizada atividade na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com Patty Fidellis de Almeida, docente do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), que contextualizou o congelamento dos investimentos por 20 anos na saúde em em outras áreas e as mudanças nas Equipes de Saúde da Família. “A proposta é exclui as atividades dos Agentes Comunitários de Saúde e Técnicos de Enfermagem, exclui também educadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos, e outros profissionais de saúde, pois o Ministério não vai enviar recursos para as equipes”, disse.

Ainda na proposta consta que o Governo Federal não irá enviar recursos suficientes para os municípios caso esses não alcancem 100% de cadastros e metas. “Todas as mudanças não passaram por debates com o controle social. O SUS e a saúde da família estão em risco”, concluiu a docente.

O vice-presidente do CES-MG, Ederson Alves da Silva (CUT-MG), presente na atividade fez uma breve apresentação do Conselho e destacou que nesse dia estava sendo realizada a reunião ordinária mensal com as conselheiras e os conselheiros e foi transferida para a Faculdade de Medicina devido a importância do tema e do ato nas ruas da cidade.

Júlio Cezar Pereira Souza (FAMENG), do CES-MG

Também presente na atividade e no ato nas ruas, o 2ª secretário do CES-MG, Júlio Cezar Pereira Souza (FAMEMG), destacou que o SUS é um ganho para a sociedade e que estamos voltando para um período anterior à Constituição. “O lema no movimento social organizado é de nunca retroagir em conquistas, temos que conquistar mais cada vez. O SUS está ameaçado em sua base desde 2016, atividades como essa e com informação circulando são importantes para a população entender o que podemos perder. Não podemos aceitar esses programas corportaivos que excluem outras categorias e prejudica os serviços de saúde”, afirmou.

O final da caminhada foi na sede do Ministério da Saúde no Centro da capital, em que foi protocolado documento assinado por 63 entidades sobre as ameaças de destruição do SUS no atual Governo, o agravamento do subfinanciamento do SUS e a omissão do Governo em relação à saúde como dever do Estado como assegura a Constituição Federal.

Participantes da caminhada da Faculdade de Medicina da UFMG até a sede do Ministério da Saúde
Participantes do ato na frente da sede do Ministério da Saúde

637 total views, 1 views today

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Accessibility