A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa promoveu hoje (05.07) pela manhã audiência pública para discutir a atual situação da gestão da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Trabalhadores e usuários tiveram a oportunidade de dialogar com o presidente Jorge Raimundo Nahas sobre as condições assistenciais, de infraestrutura e de trabalho nas 20 unidades da Rede Fhemig. O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais foi representado nesta discussão pelo 2º Secretário Renato Barros (SindSaúde-MG).
O presidente da Comissão de Saúde da ALMG, deputado Arlen Santiago, abriu a audiência fazendo um resumo das demandas apresentadas sobre a Rede Fhemig nos últimos meses, como a dificuldade de contratação de profissionais, a infraestrutura inadequada das unidades e o repasse deficiente de recursos financeiros para manutenção dos serviços – este último, referente a toda a rede de saúde pública do Estado.
Em sua fala, o presidente da Fhemig, Jorge Nahas, evidenciou a dimensão assistencial da Rede Fhemig, a maior rede de hospitais públicos concentrados em uma única gestão, com 12 mil servidores e números como 1, 2 milhão de internações ao ano, e serviços de destaque, como o atendimento a patologias raras no Hospital Infantil João Paulo II. Esclareceu que a infraestrutura de prédios antigos dificulta a ampliação e modernização dos serviços e a escassez dos recursos também demanda um esforço gerencial maior. “A prioridade absoluta da Fhemig é com os seus pacientes”, afirmou Nahas.
Renato Barros, 2º Secretário do CESMG, relatou que a Mesa Diretora tem recebido muitas denúncias e que é responsabilidade do Conselho defender os usuários e o sistema público de saúde. Ele acrescentou que o Conselho visitou algumas das unidades da Rede Fhemig citadas na audiência, como o Hospital Alberto Cavalcanti, a Casa de Saúde Santa Izabel e o Hospital João XXIII e pôde constatar a situação relatada. Ele citou, inclusive, a retirada da segurança das unidades hospitalares, colocando em risco usuários e trabalhadores. Sobre a gestão do sistema, Renato destacou que “quem tem responsabilidade da regulação na Saúde é o secretário de Saúde; defendemos o cumprimento da lei”. Concluindo, Renato anunciou a ida de uma caravana hoje à noite para Brasília, para conselheiros, usuários e trabalhadores participarem amanhã da Marcha em Defesa da Saúde, da Seguridade Social e da Democracia, convocada pelo Conselho Nacional de Saúde.
Participaram ainda dos debates o diretor da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais – Asthemg, Carlos Martins, a diretora do SindSaúde-MG, Lúcia Barcelos, a conselheira do Conselho de Mães do Ipsemg, Marília Coutinho, a diretora executiva de Assuntos da Mulher do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG), Margareth Dionísia Costa Branco e os deputados estaduais Jean Freire, Carlos Pimenta e Antônio Jorge.
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