Nesta quarta-feira, 9/8, ocorreu, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), uma audiência pública para debater os problemas administrativos que a Fundação Ezequiel Dias (Funed) vem enfrentando e uma possível privatização da instituição. A audiência foi solicitada pelo deputado Lucas Lasmar (Rede).
Durante a plenária, foi destacada a relevância da Funed para o estado, bem como os seus vários problemas administrativos, que culminam em situações como a inatividade de algumas fábricas da instituição. O deputado Lasmar apresentou os números de receitas e despesas da Funed, que, segundo o Portal da Transparência, apresentou saldo positivo de cerca de R$4.8 bilhões.
O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais foi representado pelo conselheiro Rômulo Campos, que relatou que a assembleia se encontrava cheia de pessoas aos gritos e que desejavam participar. Todavia, apesar de solicitada pelo deputado Lasmar, a organização da audiência ficou sob responsabilidade do deputado Arlen Santiago, presidente da Comissão de Saúde da ALMG, que, apesar do alto número de pessoas presentes e da disponibilidade de salas, optou por reservar uma sala pequena, o que gerou transtornos e constrangimentos aos presentes, que precisaram revezar os espaços e, posteriormente, abandonaram a assembleia.
Fora da reunião, os funcionários da Funed decidiram entrar em greve a partir do dia 18/8.
O CES-MG se coloca absolutamente contrário a qualquer tentativa de privatização de ferramentas públicas, já tendo deliberado quanto a isso anteriormente. Para o conselheiro Rômulo Campus, é importante que as pessoas estejam atentas a essa discussão, visto a importância da Funed no abastecimento do SUS e na realização de pesquisas. “Privatizar a Funed vai resolver problemas e interesses de quem?”, questiona o conselheiro.