CES-MG participa de debate público sobre bacia do Rio Doce

Durante toda esta segunda-feira (6/5/24), parlamentares de Minas Gerais e do Espírito Santo, gestores municipais e atingidos por barragens no Estado se reúnem na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discutir a situação da Bacia do Rio Doce, quase nove anos depois da tragédia do rompimento de Fundão, em Mariana (Central). A tônica do encontro foi que a compensação pelos danos, a maioria irreparáveis, ainda não começou de fato.

A mineradora Vale e a Fundação Renova, esta última criada para gerir o processo de reparação, têm anunciado na imprensa que já foram investidos R$ 37 bilhões na Bacia do Rio Doce, como reparação pelo rompimento da barragem, em 2015. Mas moradores dizem não enxergar os investimentos e reclamam dos prejuízos para o rio e para a saúde humana.

O debate ocorre no âmbito da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe Rio Doce), por iniciativa do deputado Leleco Pimentel, vice-presidente da comissão. A Cipe congrega deputados estaduais de Minas e do Espírito Santo e, desde o acidente, vem tentando reunir esforços políticos e técnicos para a reparação pelos danos causados pela tragédia.

A presidenta do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), Lourdes Machado, defendeu um protocolo para atendimento das pessoas vítimas da lama e da água contaminada da bacia do Rio Doce; que ainda se alimentam dos peixes infectados por não terem outra coisa pra comer. De acordo com ela, há centenas de pessoas com problemas de pele, e com metais pesados no sangue e na urina, já comprovados por pesquisas da Fiocruz, e que estão na fila do SUS, junto com todas as outras, aguardando meses para serem atendidas.

A presidente do conselho conclamou os institutos federais para a saúde e a educação andem de mãos dadas, para se dedicarem as pesquisas sobre os impactos da mineração na saúde das pessoas.

Texto: Com ALMG

📸: ALMG

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