SES-MG apresenta cenário epidemiológico de arboviroses no estado ao Conselho

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da referência técnica Daniele Capistrano, apresentou ao plenário do Conselho Estadual de Saúde (CES-MG), na última reunião ordinária, realizada no dia 11/6, o cenário epidemiológico de arboviroses no estado e Minas Gerais. Até a data da reunião havia o total de mais de 1 milhão e 600 mil casos prováveis de arboviroses no estado – dengue (92,4%), chikungunya (7,6) e zika (0%). No caso da dengue foram mais de 800 mil casos confirmados e 12 mil casos graves ou com sinal de alarme; 786 óbitos em investigação e 657 confirmados.

Na semana epidemiológica 22, a foram registrados em todo o estado mais de 128 mil casos prováveis de chikungunya e mais de 95 mil confirmados, com 28 óbitos em investigação e 71 conformados

A referência técnica falou também sobre a incidência da febre oropouche, uma arbovirose do gênero Orthobunyavirus, descoberto no Brasil de 1960, isolado de um bico-preguiça na contrução da rodovia Belém-Brasília, com casos e surtos relatado principalmente na região amazônica do Brasil, além de países da América Central e o Sul. O mosquito Culicoides paraenses é o principal vetor, que se reproduz na água parada, pica em diferentes horários, mais à noite não fica muito no ambiente doméstico – entra e sai fácil, como explicou Daniele Capistrano.

Foram analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) 427 amostras com 74 casos confirmados, até então. Os municípios mais afetados foram Diamantina, Coronel Fabriciano e Governador Valadares. Somente na URS (Unidade Regional de Saúde) de Coronel Fabriciano foram identificados 70 casos.

Os sintomas da febre oropouche, assim como os da dengue, são febre súbita, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular e nas articulações. As recomendações de tratamento também se assemelham com os das outras arboviroses. São indicados repouso e medicamento para dor, febre e controle do vômito e nos casos que evoluem com complicações é orientado que a pessoa busque atendimento médico.

A SES-MG em parceria com as autoridades municipais está intensificando suas ações de vigilância epidemiológica e controle de vetores, em especial na Unidade Regional de Saúde (URS) de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço realizando reuniões com os municípios, acompanhando ações de manejo ambiental, controle vetorial e levantando dados e informações. Foi emitido uma nota técnica para orientar os profissionais de saúde. Equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e da Funed (entomologia) foram enviadas para investigação de campo. Além disso, o Ministério da Saúde enviará uma outra equipe para apoiar as ações.

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