28 de junho dia mundial do orgulho LGBTQIA+ e a luta na saúde

Em celebração ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, instituído em memória à Revolta de Stonewall, conflito travado entre a polícia e a comunidade LGBT+ pelo direito de existir na cidade de Nova Iorque, o CES-MG, que está junto à comunidade na luta por direitos, trabalha pela consolidação da equidade no atendimento de qualidade voltado a essa parcela da população, em parceria com Secretária Estadual de Saúde, e outras representações sociais, além de compor e atuar ativamente no Comitê Técnico de Saúde Integral LGBT que, por meio de debates e avaliações vem oferecendo mudanças em relação a saúde para os LGBT+ de Minas Gerais.  

A conselheira estadual de saúde Fernanda Coelho, por meio do Coletivo de Mulheres Bissexuais, Lésbicas, Trans e Cis (Coletivo BIL), representa as pessoas usuárias LGBT no CES-MG integra o comitê e comenta sobre a importância da atuação e do trabalho: “A partir da instituição do Comitê, conseguimos construir uma política estadual de saúde integral LGBT. Avançamos, trazendo especificidades do nosso território que não eram abarcadas na política nacional e escrevemos os planos operativos dessa política. Não temos outro estado brasileiro com destinação de recursos específicos para implementação da política de saúde integral LGBT no âmbito da atenção primária”.  

Além de citar a humanização nos atendimentos, enxergando pessoas além do preto e branco e das maneiras normativas. “A gestão e profissionais de saúde estão discutindo sobre a saúde da população LGBT, fazendo planos operativos municipais e criando comitês municipais de equidade, com participação popular, e todo esse processo impacta diretamente no acolhimento em saúde da nossa população. Às vezes, o nome social de uma pessoa não é respeitado, ou essa pessoa é lida como heterossexual quando é lésbica ou bissexual e é necessário humanizar o atendimento de modo que todos sejam reconhecidos e respeitados enquanto pessoas” acrescenta Fernanda Coelho.  

A representante conta que na reunião do dia 21 de junho uma das diversas pautas conversadas foi a existência de pesquisas sobre insegurança alimentar, menos atividades físicas feitas em horas de lazer, consumo maior de álcool e tabaco por parte de pessoas LGBT e o foco do comitê é direcionar a energia a pensar em como melhorar a qualidade de vida e a saúde dessas pessoas, completando que ainda não é possível quantificar quantas pessoas LGBT são atendidas nas Academias da Saúde, no programa antitabagismo, nos acolhimentos para usuárias de álcool e outras drogas e nem nas PICS.   

E finaliza “Não há um olhar específico dos serviços para esta população ao mesmo tempo em que a LGBTfobia tem um grande impacto nos índices de consumo de álcool e tabaco, se tornando um círculo vicioso que precisa ser rompido e é possível fazer isso pensando os determinantes sociais de orientação sexual e identidade de gênero na promoção da saúde. Pensando na promoção da saúde, em coletar dados confiáveis e em como acolher essa população no âmbito da atenção primária à saúde”. 

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