Na 595° Reunião Ordinária do CES-MG no mês de julho se tornou pauta os altos números de abordagens truculentas e falta de preparo da PMMG e do SAMU com pessoas em estado de surto. A Associação dos Usuários da Saúde Mental (ASSUSAM) apresentou diversas denúncias documentadas, inclusive com fotos e vídeos, de ações violentas dos órgãos.
Laura, presidente da ASSUSAM, relatou que em várias situações o SAMU se recusou a ir até o local chamado, principalmente em casos de pessoas em situação de rua, contando uma experiencia própria, e que já viu se repetir com outras pessoas, de que as primeiras perguntas que o serviço faz são sobre a forma que a pessoa está vestida e se aparenta estar em situação de rua, se a última resposta for sim eles informam que não fazem serviço de remoção, mesmo que seja explicado que não é o caso e sim uma urgência médica, na maioria das vezes eles não aparecem.
Acrescenta também que em alguns casos o próprio SAMU instrui a chamada da polícia “eles falam para a gente chamar polícia e nós não somos atendidos pela segunda vez, mas o SAMU só vem se a polícia vier junto mesmo que a pessoa não esteja armada, porque existe essa possibilidade, né? Você chega lá, a pessoa está armada, então você chama a polícia. Eles não, eles não vão e observam o local e veem a necessidade de chamar a polícia, eles não vão se não chegar primeiro a polícia”.
Além da falta de atendimento, várias queixas relatam o despreparo desses profissionais mesmo com a Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 que Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Em votação, o Conselho decidiu que esse tema será discutido novamente em uma outra reunião que constará com a presença de representantes da secretária de saúde do estado e da polícia militar para que o assunto seja aprofundado.
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