Conscientização, diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Este foi o tema de audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, a requerimento do deputado federal Padre João.
O CES/MG foi um dos convidados e foi representado, virtualmente, pela conselheira Gláucia de Fátima Batista (CRESS/MG).
Na reunião, que também celebrou o Julho Amarelo, mês definido como de luta contra as hepatites virais, o deputado Padre João destacou que, atualmente, estão disponíveis no SUS a vacina contra a hepatite B para toda a população e a vacina contra a hepatite A especialmente para crianças a partir de 1 ano e para grupos de risco, como usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).
Neste sentido, de fortalecimento do SUS enquanto política universal de saúde, que Gláucia fez suas intervenções, lembrando: “é preciso fortalecer a atenção primária e as campanhas de vacinação. Assim, evitamos, além da necessidade de realização de transplantes, onerosos para o Estado e com alto custo social, que as pessoas cheguem às unidades de urgência e emergência e corram o risco de infecções cruzadas”. A conselheira reforçou os pilares do SUS de integralidade, equidade, universalidade, descentralização e participação popular. E acrescentou: “São doenças preveníveis, precisamos de estimular ações de saúde de prevenção de doenças e promoção de saúde no SUS”.
Dados
De acordo com o Relatório Global sobe Hepatites 2024, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de vidas perdidas devido às hepatites virais está aumentando. A doença é a segunda principal causa infecciosa de morte no mundo, com 1,3 milhão de casos fatais por ano.
Em Minas Gerais, houve aumento no número de casos de hepatite C após a pandemia de covid-19. Em 2023, foram registrados 1.095 casos. Em 2024, o número subiu para 1.241.
A hepatite A também apresentou crescimento: os registros passaram de 38 casos, em 2023, para 211 em 2024, e 282 em 2025.
Hepatites
virais
As
hepatites virais são enfermidades infecciosas que atingem o fígado, causando
alterações leves, moderadas ou graves, e são classificadas como A, B, C, D e E,
sendo as três primeiras as mais comuns no Brasil. As hepatites virais são
chamadas de enfermidades “silenciosas”, que podem evoluir sem apresentar
sintomas.
Julho
Amarelo
A campanha Julho Amarelo foi instituída pela Lei
13.802/19 para promover a conscientização sobre as hepatites virais. O mês
de julho foi escolhido por fazer referência ao Dia Mundial de Luta contra as
Hepatites Virais (28 de julho), criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
em 2010, para alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce,
da vacinação e do tratamento dessas doenças.
(Com informações da Agência Câmara de Notícias e Agência Minas)
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