CESMG discute com CMS de BH e SRS–BH como aliviar a superlotação dos hospitais da capital

Na última terça-feira (9/08), a Mesa Diretora do CESMG se reuniu com membros do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH) e de representantes da Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG). A pauta teve como tema a atual situação do atendimento hospitalar na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que demanda os casos para serem atendidos em Belo Horizonte.

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Atualmente, mesmo municípios maiores, como Contagem e Ribeirão das Neves, utilizam o atendimento em hospitais de Belo Horizonte em até mesmos casos de menor gravidade. Não existe um critério de transferência, pois na maioria dos municípios metropolitanos faltam recursos. Em Santa Luzia, terceira cidade que mais encaminha pacientes, o novo Hospital Municipal ainda não realiza os atendimentos necessários. Já em Betim, município com quase 500 mil habitantes e referência para outros municípios da RMBH, como Mateus Leme e Juatuba, teve a sua unidade fechada.

Uma vez que a falta de recursos prejudica os municípios, quem é a maior penalizada é a população. “É necessário sair desse jogo de empurra e traçar um foco para a resolução desse problema”, pontuou o conselheiro municipal Érico Colen. Devido à precariedade dos hospitais, os pacientes procuram pela “resolução” na capital. Em muitos casos, o paciente passa o endereço como Belo Horizonte (parentes ou familiares) para conseguir o atendimento.

Fatores logísticos e possíveis alternativas

Para Débora Marques, especialista política de Gestão de Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS), Belo Horizonte está sobrecarregada e os cidadãos acabam desamparados. “É uma questão paradoxal. Existem leitos resolutivos e não resolutivos nos hospitais municipais. É uma equação que não fecha. É uma questão aguda. Por isso, cabe ao controle social acompanhar e ao gestor executar”, diz. A especialista ainda afirma que o ideal seria organizar uma demanda para viabilizar o que seria um direito amplo, que é a saúde.

Considerando também que Belo Horizonte recebe encaminhamentos diretos de cidades de diferentes regiões de Minas Gerais, a organização e priorização desses atendimentos possibilitaria também uma quantidade maior e melhor de tratamentos para quem chega do interior. Por se tratar de uma discussão ampla, foi decidido então pelo agendamento de uma nova reunião para traçar metas além da possível criação de uma comissão.

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