No final da tarde do dia 19/09, o CESMG realizou o 3º Ato Público em Defesa do SUS na Praça Sete, região central de BH. O evento teve parceria com o Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH) e a Frente Mineira em Defesa do SUS e da Democracia, além de sindicatos e movimentos populares. O ato público foi em comemoração aos 26 anos do SUS, criado por meio da promulgação da Lei 8.080, no dia 19/09/1990, que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo desde a sua organização até a gestão.
A lei é um desdobramento da Constituição de 1988, considerada a “Constituição Cidadã”. Diante das atuais ameaças e retrocessos na saúde, o Controle Social convocou a sociedade para preservar o SUS, garantindo não só o atendimento gratuito, mas também o atendimento humanizado.
Em protesto contra as medidas retrocedentes sugeridas pelo atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, os presentes montaram a Tenda da Democracia na Praça Sete, onde puderam se manifestar sobre o momento atual da saúde, além de chamar a sociedade. Conselhos Distritais de Belo Horizonte também marcaram presença, como os da Pampulha e Mantiqueira. Este último aproveitou para alertar sobre a at
ual situação do Hospital Risoleta Neves, que teve a sua unidade de Pediatria fechada recentemente, prejudicando a população da região Norte da capital e das cidades da Região Metropolitana de BH.
O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves, reiterou a importância de atos como estes, aproximando o controle social e as entidades da população. Segundo ele, a sociedade merece ficar ciente dos atuais retrocessos que a saúde sofre atualmente. Ederson ainda aproveitou para lembrar as eleições de outubro: “Não iremos votar em candidatos de partidos que não defendem o SUS”, enfatizou.
Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH), Bruno Pedralva, é necessário denunciar as ameaças que o atual Governo faz ao SUS. Na visão dele, se forem confirmadas as propostas de Ricardo Barros, 40% dos recursos do SUS serão cortados, o que acarretará em falta de assistência para a população. “São quase 30 anos de história e conseguimos ampliar os serviços. Hoje, por exemplo, temos os postos de saúde com estratégia em Saúde da Família, mas, ainda assim, o SUS está em risco”, lembrou. Bruno ainda falou sobre os planos populares, onde o cidadão terá que pagar pelo serviço médico. “Hoje estamos aqui para defender a melhoria do SUS, desde a contratação de profissionais e equipamentos até a criação de programas específicos”, explicou.
Em seguida, os manifestantes, contando com o apoio de um carro de som e de um veículo para garantir a acessibilidade para os portadores de deficiência, fizeram uma passeata pela Avenida Afonso Pena até o a sede do Ministério da Fazenda, também no centro de BH. Durante a caminhada, os participantes fizeram intervenções ao longo da Avenida Afonso Pena chamando a atenção de motoristas e pedestres. Estima-se que 200 pessoas estiveram presentes no ato. Mais fotos: https://www.facebook.com/Conselho-Estadual-de-Saúde-de-Minas-Gerais-Cesmg-874782372603729/
Tenda da Democracia
Ser ponto de referência para o desenvolvimento de ações políticas e culturais, essa é a proposta do projeto Tenda da Democracia. Segundo a pediatra e Doutora em Saúde Pública, Sônia Lansky, o projeto foi idealizado há alguns meses, após conversas descompromissadas entre integrantes do Ocupa SUS, inspirados por iniciativa similar em Florianópolis.”O objetivo é ser um ponto de encontro entre as pessoas para a coordenação de ações informativas, educativas, culturais e políticas, pensando no momento que o país atravessa”. A participação é aberta ao público, assim como a organização da Tenda.
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