Na tarde do último dia 10, o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CESMG) realizou a reunião ordinária do mês de outubro. A reunião contou não só com a pauta, que era a apresentação da Ouvidoria Estadual de Saúde através da ouvidora estadual Conceição Rezende. Outro ponto foi a retirada de representantes da Comissão Organizadora da 1ª Conferência Estadual de Saúde da Mulher, prevista para 2017.
A reunião começou com uma homenagem prestada a Roseni Sena, diretora –geral da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP- MG), que faleceu no último dia 26. Roseni era enfermeira e professora da UFMG. Ao ser lembrada por sua trajetória, os presentes prestaram solidariedade aos familiares. A ouvidora estadual Conceição Rezende resumiu a vida da colega em uma só frase: “fez da enfermagem seu lugar na militância pelo SUS.” Andrezza Fernandes (CRESS), conselheira estadual também se manifestou: ”fico feliz por ela ser madrinha do nosso projeto na ESP. Foi contagiante. Ela é um espelho”, declarou. O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), convidou todos para um minuto de silêncio, reforçando que Roseni sempre será uma das referências dentro do controle social. ”Roseni presente!”, finalizou.
Durantes os informes, a conselheira Gislene Gonçalves (Central de Mov. Populares de Minas Gerais) falou sobre a importância da campanha “Outubro Rosa”, lembrado do autoexame preventivo. Claudete Liz (UGT) aproveitou o momento para cobrar os mamógrafos nos hospitais do Estado. Dados de 2013 apontam que, em Minas, os óbitos decorrentes da doença chegam a 11,37 para um grupo de cem mil mulheres.
Sobre o dia mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), no próximo dia 29, a conselheira estadual e presidente da Associação Mineira de AVC (AMAVC), Sandra Issida, trouxe dados importantes sobre a doença, além das atividades da associação. No mundo, 16 milhões de pessoas tem AVC, sendo que, anualmente morrem seis milhões em decorrência da doença de acordo com dados da World Stroke Organization(WSO). Além de falar sobreo AVC, medidas preventivas e consequências, Sandra explicou também o papel daquele que cuida do paciente em longo prazo.
Em seguida, Conceição Rezende apresentou dados e estatísticos da ouvidoria estadual de saúde, projeto reimplantado por ela em julho deste ano. De acordo com a ouvidora, 33% das demandas estavam sem resposta em 2015 e um diagnóstico completo foi realizado. Outro destaque apresentado foram as medidas que entrarão em vigor, como a adoção do sistema de ouvidoria adotado pelo Ministério da Saúde e a prestação de contas a cada quatro meses.
No final da reunião foi realizada a eleição da Comissão Organizadora da 1ª Conferência Estadual da Saúde da Mulher. Para Ederson Alves, o cenário atual enfatiza ainda mais as conferências de saúde. “O momento atual pede as conferências para as mulheres e precisamos discutir sobre”, enfatizou. O conselheiro Eni Carajá (MORHAN) foi ainda mais longe: “a saúde da mulher é uma pauta transversal e universal.” Para a comissão, foram eleitas Bella Ramalho (Mov. Bill), representando os LGBTT’s e Gislene Gonçalves (Central de Mov. Populares de Minas Gerais) representando os usuários.
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