“O SUS vai falir se não dermos a devida atenção ao AVC”, afirma a presidente da AMAVC.

Na semana do dia 29 de outubro, data do Dia Mundial do AVC, acontecerá o 10º Congresso Mundial do AVC, na Índia, promovido pela Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization – WOS). Minas Gerais estará representada pela Associação Mineira do AVC (AMAVC), na figura da sua presidente e conselheira estadual, Sandra Issida, demostrando a relevância da instituição.

A AMAVC surgiu há quatro anos, após o marido de Sandra, Renato, sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Percebendo as dificuldades enfrentadas pelos pacientes e reconhecendo que o diagnóstico de seu companheiro poderia ser outro caso conhecesse a doença, ela decidiu criar a associação. A AMAVC é uma associação sem fins lucrativos e surge da necessidade de orientar a sociedade sobre os procedimentos adequados quanto à prevenção, identificação de sintomas, atendimento ao paciente, tratamento e reabilitação. A atuação da entidade se dá em algumas frentes, como palestras e o fornecimento de apoio e assistência domiciliar a pacientes.

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Fonte: AMAVC

Embora seja uma questão de saúde pública, a patologia é pouco conhecida pela população e está envolvida por preconceitos. “A invisibilidade do AVC precisa ser combatida, pois é uma questão de saúde pública e impacta fortemente a economia, visto que causa invalidez e representa cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce”, afirmou a presidente do AMAVC, Sandra Issida. É preciso também desmistificar a ideia de que apenas os idosos são acometidos pela doença, considerando a ocorrência também em jovens.

O AVC é a segunda principal causa de mortes no mundo e lidera os casos de mortalidade no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em estatísticas globais, 16 milhões de pessoas sofreram derrame e, entre esses casos, 6 milhões não sobreviveram. Em Belo Horizonte, o atendimento especializado oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ocorre nos hospitais Risoleta Neves e Odilon Behrens.

Prevenção, sintomas e consequências.  O AVC pode ser causado pela interrupção do fornecimento de sangue a uma parte do cérebro, danificando células da região e impedindo-as de funcionar normalmente. Essa patologia se manifesta em dois tipos: o Isquêmico, mais comum e consequência da obstrução de uma artéria, e o Hemorrágico, quando ocorre sangramento por rompimento de vaso sanguíneo.

Mesmo que o AVC seja tratável, alguns fatores atrapalham esse processo, entre eles a limitação da eficiência do tratamento a apenas quatro horas e meia desde a manifestação do primeiro sintoma. Outros agravantes são a postura das pessoas de ignorar a enfermidade e a dificuldade de médicos em diagnosticá-la.

A prevenção é essencial e pode ser feita com o controle da pressão arterial, diabetes, colesterol, mantendo dieta controlada e recomenda-se a prática de exercício físico, além de evitar o tabagismo e o abuso de bebidas alcóolicas.

Para facilitar o tratamento e reduzir as chances de sequela, conhecer os sintomas é imprescindível. Entre os mais comuns estão:

  • Perda de forças nos braços ou pernas: peça para levantar os braços se um deles cair ou não conseguir ficar em pé;
  • Face paralisada ou torta em um dos lados: peça para sorrir, se um dos lados da face parecer caída, sem movimento;
  • Dor de cabeça súbita e vômito: se as queixas de dor de cabeça intensa persistirem e for seguida de muito vômito;
  • Fala confusa e enrolada: peça para falar uma frese, se a fala sair arrastada ou sem sentido.

As consequências da patologia são variadas, dependendo da agilidade do diagnóstico e do tipo de derrame sofrido:

  • Diminuição ou perda de movimento e sensibilidade;
  • Risco de quedas devido a alterações do equilíbrio e fraquezas;
  • Dificuldade para engolir;
  • Perda do controle urinário e intestinal;
  • Impotência sexual;
  • Dificuldade para falar ou entender;
  • Depressão;
  • Alterações de memória;
  • Morte

Importância do Controle Social. Além de disseminar as informações para a sociedade, a presidente do AMAVC e conselheira estadual, Sandra Issida, reiterou a importância de estar no CESMG. “Falta preocupação por parte de autoridades. Essa é a primeira vez que uma entidade de patologia ocupa uma cadeira no CESMG e a nossa intenção é somar experiência e esforços junto ao Conselho para que possamos conscientizar a população e avançar na questão, que é de saúde pública.”.

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A conselheira estadual e presidente da AMAVC, Sandra Issida. Fonte: AMAVC

Para Elke Mary Ferreira, funcionária da AMAVC, é importante ocupar esses espaços para garantir direitos e ajudar a sociedade. “A grande esperança é que o Conselho possa realmente fazer a diferença na vida das pessoas”.

 

Aqui você pode conhecer algumas das ações da Associaçãohttps:/www.youtube.com/watch?v=tTbyPzAiav4

Mais informações sobre a AMAVC: Telefone: (31) 99971-9991 – E-mail: contato@amavc.com.br – Facebook: https://pt-br.facebook.com/Amavcmg – Site: http://www.amavc.com.br/

 

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