Conselheiras e Conselheiros apostam na participação social para enfrentar os desmontes do SUS

1ª CEVS é espaço de resistência diante da perda de direitos sociais no Brasil

Ainda no primeiro dia da 1ª Conferência Estadual de Vigilância em Saúde (1ª CEVS) os palestrantes realizaram um panorama da Vigilância em Saúde, no Brasil e em Minas Gerais.

O diretor adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Pedro Ivo Sebba Ramalho, retomou o histórico da Vigilância em Saúde, no Brasil e no mundo, para indicar desafios e propostas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Já o subsecretário de Vigilância e Proteção em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Rodrigo Fabiano do Carmo Said, ressaltou a relevância da atuação do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES/MG) nesse período crítico para o país, contextualizando as ações da Secretaria com dados sobre a situação epidemiológica nos territórios mineiros.

Controle Social como resistência

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O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Pouso Alegre (Sul de Minas), José Augusto Kawabe, acredita que o Controle Social e as Conferências são essenciais, pois traduzem a linguagem, compartilham informações que auxiliam a população. “As pessoas precisam conhecer o SUS e suas áreas, como a Vigilância em Saúde, o pilar da Saúde Pública. Muitas vezes esse conhecimento fica preso aos profissionais. Temos que constituir foco de resistência pela participação social e defender o SUS nesse momento de perda de direitos, com o SUS sendo rifado a cada dia. A Conferência é primordial”, afirmou.

Carmen Werneck, usuária do município de Barbacena (Campo das 20170926_145507Vertentes), aposta na mobilização popular em defesa do SUS. “O modelo que temos de assistencialismo foca nos recursos com a doença. Discutir Vigilância em Saúde é buscar uma população com saúde e que não seja doente, privilegiando a promoção e a atenção na saúde”, disse.

A usuária ainda que é preciso debater a mudança dos blocos de financiamento e custeio e as propostas de planos de saúde populares. “A Vigilância em Saúde é importante para termos direcionamento e evitar o adoecimento das pessoas. A atual política brasileira não quer isso. As pessoas carentes vão ficar cada vez mais carentes e é uma política de favorecer somente os ricos e aqueles que têm mais recursos”, enfatizou.

20170926_144703Também do Sul de Minas, o usuário Wesley Costa de Pouso Alegre, ponderou a respeito do papel da Vigilância em Saúde e da população no panorama de crise política, econômica e de sucessivos ataques ao SUS. “É importante falar de Vigilância em Saúde, principalmente no contexto atual, levando em consideração que a Saúde vem sendo sucateada a cada dia. A área faz toda regulação que seja necessária, seja no âmbito da saúde do trabalhador, seja na alimentação, do controle. A Conferência deve funcionar como uma mobilização da população, defendendo o SUS e o fortalecimento da Vigilância em Saúde”, defendeu.

A 1ª CEVS conta com programação até quinta-feira (28) e você confere a cobertura completa em nosso Facebook: https://goo.gl/XDRD4a

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