Dia 18 de Maio celebramos o Dia Nacional da Luta Antimanicomial; vários atores, tendências e evoluções participaram e participam ativamente da construção deste movimento; sua força pressionou o Estado Brasileiro para a implementação de políticas públicas de Saúde Mental.
A luta pela inclusão da diferença, pela garantia de direitos fundamentais, autonomia, inserção social das pessoas em sofrimento mental, deu origem à Reforma Psiquiátrica Brasileira, que teve início no fim da década de 70.
Adquiriu grande força no Brasil a concepção de uma Reforma Psiquiátrica mais incisiva. Esse foi o caminho tomado pelo Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental, cujo II Encontro, em Bauru, 1987, criou a insígnia “Por uma sociedade sem manicômios”.
Este movimento continuou seus avanços, agregando novos atores, sobretudo familiares e usuários – tornando-se assim, a partir dos anos 90, uma das mais potentes políticas e lutas. – A reforma psiquiátrica antimanicomial.
Até então o modelo de atenção predominante no setor público de saúde até o início dos anos 90 privilegiava a assistência em hospitais psiquiátricos que, por sua vez, favorecia a segregação, violações de direitos humanos, mortes, cronificação, negligência e abandono de pessoas com sofrimento mental grave.
Destacamos em Minas Gerais um ator fundamental neste processo: O Fórum Mineiro de Saúde Mental, que junto com outros movimentos sociais luta pela transformação das relações entre a sociedade e a loucura.
O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais, por meio de sua Comissão Estadual de Reforma Psiquiátrica enfatiza a necessidade de mudança nas organizações que excluem e anulam seres humanos. Lutamos por um mundo possível onde caibam as diferenças.
O CES-MG reafirma a sua posição contrária a qualquer investida contra a Reforma Psiquiátrica e a Política Nacional de Saúde Mental, e destaca que as instâncias de controle social em Minas Gerais seguem firmes na luta pela representação democrática e participação social nas políticas publicas.
Retrocessos não serão permitidos, especialmente neste momento de crise em que o Brasil enfrenta uma pandemia de resultados alarmantes, vidas perdidas, luto, perdas econômicas, desemprego e adoecimento, o que demanda uma política de Saúde Mental que garanta acolhimento, cuidado e humanização.
“Por Uma Sociedade Sem Manicômios”
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