CES-MG participa de lançamento de cartilha de cuidados para pacientes com Hanseníase

Representantes do MORHAN participam do lançamento, mas conselheiros relatam que não tiveram acesso ao conteúdo da cartilha assistencial elaborada pela FHEMIG e SES-MG

Os conselheiros estaduais de Saúde Erli Rodrigues, Eduardo Araújo e Cordovil Neves, representantes do Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) no Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) participaram, no dia 7 de julho, do lançamento virtual da cartilha Linha de Cuidados às Pessoas Acometidas pela Hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). Estavam presentes, a presidenta da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), Renata Lélis Ferreira e o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti e representantes de casas de saúde como a Santa Isabel.

O secretário de saúde falou sobre a importância do guia para pacientes atingidos pela patologia. “É um olhar diferenciado para as pessoas acometidas pela Hanseníase.” E acrescentou que um dos pilares da FHEMIG é o cuidado às usuárias e usuários. A cartilha de cuidados para pessoas com hanseníase veio para fortalecer e capacitar o que já foi construído. “Trazer essa cartilha assistencial é reconhecer o estado, a FHEMIG, o papel do estado em fortalecer e validar tudo que já foi construído, mas percebemos que esta construção foi muito heterogênea e a FHEMIG apostou em validar, padronizar e deixar como legado a linha de cuidado bem estabelecida,” disse.

Marco

Renata Lélis complementou a fala do secretário sobre a relevância da cartilha. Segundo ela, o documento apresenta medidas que diminuem os impactos provocados pela enfermidade. “A cartilha é muito importante para evidenciar direitos. Temos um rol de tratamento, atingimos cuidados, como diagnósticos, reabilitação. É um marco muito importante, fazer este lançamento”, pontuou.

O conselheiro Eduardo Araújo disse que é necessário solicitar à FHEMIG e à SES-MG uma cópia da cartilha para ter acesso e conhecer melhor o conteúdo, já que o lançamento ocorreu de forma rápida. “Precisamos conhecer melhor a proposta. Nem no Comitê Estadual de Enfrentamento à Hanseníase recebeu o material”, criticou.

Donizete Rodrigues, representante da Casa de Saúde Santa Isabel relatou o caso de pessoas separadas de mães e pais por serem portadores da doença. No passado o isolamento compulsório era adotado como medida de prevenção. Donizete questionou Fábio Baccheretti sobre o valor da indenização oferecida pelo governo de Minas.

Violação dos direitos humanos

Para Donizete o valor de R$ 14 mil não comtempla as pessoas que foram atingidas pelo isolamento compulsório em vista dos danos emocionais causados. “Não é um valor decente pelo que passamos na Colônia, nossos direitos humanos foram violados”.

Fábio respondeu que o valor da indenização não é estipulado pela SES-MG ou pela FHEMIG, mas pelo governo do estado e que o questionamento será repassado ao órgão competente.

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