CISMu do CES-MG monitora propostas de conferências estadual e nacional de Saúde das Mulheres

A Comissão Intersetorial de Saúde das Mulheres (CISMu), do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), vem ativamente, desde o mês de outubro de 2021, monitorando a execução de políticas aprovadas na 1ª Conferência Estadual de Saúde das Mulheres (CESMu); e na 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (CNSMu). Para tanto realizou o Seminário Estadual de Saúde das Mulheres de Minas Gerais nos dias 7 e 15/10. O resultado desse trabalho foi encaminhado ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), que demandou a criação das CISMu em todos os estados, com o propósito de acompanhar como as políticas voltadas para a Saúde das Mulheres estão sendo implementados em todas as regiões do Brasil, visando o fortalecimento do trabalho realizadonas conferências realizadas em 2017.

Nos dias 22 e 23 de outubro, as membras da CISMu do CES-MG encontraram-se com mulheres que compõem as CISMu de estados das regiões Sul e Sudeste – Etapa Sul Sudeste, promovido pelo CNS, um encerramento das etapas regionais que promoveram debates e estratégias de superação das dificuldades para efetivar mudanças necessárias.

A conselheira estadual de Saúde e coordenadora da CISMu do CES-MG, Gláucia de Fátima Batista, explica que nesta etapa cada estado pode dar continuidade ao monitoramento de propostas em uma sala reservada, analisando o cuidado intersetorial à Saúde das Mulheres em seus territórios. A conselheira estadual de Saúde e 1ª diretora de Comunicação e Informação do SUS do CES-MG, Fernanda Coelho, disse que tanto no seminário estadual de Saúde das Mulheres quanto em sua etapa regional não está havendo a formatação de conteúdo propositivo, mas um monitoramento das propostas feitas em 2017 nas conferências estadual e nacional e se traçando estratégias para superar as dificuldades de implementação das políticas públicas deliberadas e aprovadas pela sociedade.

Sobre a importância desse trabalho, a coordenadora da CISMu do CNS, Vanja Andréa, disse que nesse momento em que enfrentamos um governo que atua de forma antidemocrática e atingindo sobretudo o direto das mulheres é um sinal de que temos um trabalho fundamental a fazer. “Esses seminários vêm em um momento em que enfrentamos uma pandemia e uma desconstrução da nossa democracia, com ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS), empobrecimento do povo, descaso com a vida, e somos nós, mulheres, as mais atingidas, pois somos nós que estamos na base da pirâmide, desempregadas, cuidando de filhos e tentando alimentar a família. Poderíamos estar melhor com a efetivação de políticas públicas”, enfatizou.

Gláucia disse que é fundamental conhecer a realidade e as estratégias desenvolvidas pela SES-MG, como estão no contexto atual e os planos para superar as dificuldades, especialmente neste momento em que a pandemia evidenciou as desigualdades, impactando, sobretudo, as mulheres.

Propostas

As propostas das conferências estadual e nacional foram avaliadas considerando o contexto de implementação, da existência ou não de ações desenvolvidas pelo estado; e proposição de estratégias para superar dificuldades. Os eixos abordados foram o papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres; o mundo do trabalho e suas consequências para a vida das mulheres; vulnerabilidades nos ciclos de vida das mulheres na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.

A conselheira estadual de Saúde e 2ª diretora de Comunicação e Informação do SUS do CES-MG, Marília Oliveira, disse que esse trabalho tem o comprometimento tanto do conselho quanto da gestão para dar prosseguimento às propostas. A secretária-geral do CES-MG, Lourdes Machado, acrescenta que somos muitas nos movimentos sociais, mas poucas em posição poder, daí a importância de lutar e estarmos juntas nesse processo.

Em continuidade às ações da Etapa Sul – Sudeste do III Seminário Nacional de Saúde das Mulheres a CISMu-MG reuniu-se no dia 28/10.

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