No dia 24/10, Dia Mundial de Combate à Poliomielite municípios mineiros estimulam vacinação devido à preocupação com a volta do vírus
O surgimento de casos suspeitos e a circulação em outros países do vírus da poliomielite tem preocupado as autoridades de Saúde e do Controle Social em Minas. Esse alerta revela a importância da vacinação, única forma de prevenção da doença. Todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas de acordo com esquema e na campanha nacional anual.
Na reunião ordinária do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais realizada no dia 17/10, a diretora de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Marcela Ferraz, apresentou às conselheiras e conselheiros o balanço da vacinação no estado. Somadas todas as regionais de Saúde, o percentual de crianças vacinadas contra a Poliomielite é de 76% valor abaixo do total de 95% preconizado pelo Ministério da Saúde. Os números levaram à prorrogação do período da campanha de vacinação para 24/10. “Prorrogamos até o dia 24/10, porque é o Dia Mundial de Combate à Poliomielite”, explicou.
Apesar disso, municípios como Patos de Minas já atingiram a meta de vacinação alcançando 99,7% do público alvo, seguido de Manhuaçu e Passos. Para garantir o alcance da campanha, tanto para a vacina contra pólio quanto para os demais imunizantes, os municípios estão orientados a fazerem a avaliação do cartão de crianças e adolescentes de até 15 anos, observando criteriosamente todas as vacinas a serem aplicadas. Marcela reforça que é preciso despertar para a importância da vacinação para a cobertura de forma homogênea na população.
A 1ª secretária do CES-MG, Gláucia de Fátima Batista, destaca que é preciso combater o negacionismo em relação às vacinas. “Os implicadores que essas doenças trazem tem impacto na vida e no Sistema Único de Saúde, pois o custo social é o aumentando da desigualdade”, ressaltou.
O presidente do CES-MG acrescenta que é preocupante a situação e necessária uma campanha informativa de massa para combater a desinformação. Marcela se comprometeu a levar a demanda à Assessoria de Comunicação da SES-MG.
Sobre a Pólio
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, podendo infectar crianças e adultos contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. É mais comum em crianças de até 5 anos, mas pode acometer adultos que não foram completamente imunizados contra à doença.
Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).
A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.
A vacinação contra a poliomielite e multivacinação tem por objetivo reduzir o risco de reintrodução do poliovírus selvagem no país, elevar as coberturas vacinais e contribuir para a prevenção, controle, eliminação e erradicação das doenças imunopreviníveis.
O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994, mas até que a poliomielite seja erradicada no mundo, existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território.
Com informações da OPAS e Ministério da Saúde.
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