Hospital da FHEMIG recebe recursos para reformas

Valores serão destinados para reformas no Hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas, referência em emergência e traumas, clínica médica e pediatria, maternidade de alto risco, ambulatório e internação; recursos são da própria FHEMIG

O Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) é referência para a região Noroeste, uma das regiões mais extensas do estado e como menor volume populacional. De acordo com o secretário-geral do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), Pedro Cunha, o hospital não está credenciado e habilitado junto ao Ministério da Saúde em algumas especialidade, como cardiologia e oncologia, e isso dificulta o atendimento de serviços para os quais está contratado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A situação foi tema da 576ª reunião ordinária do CES-MG, realizada no dia 17/10/2022.

Outro fator que agrava o cenário é a presença de rodovias que cortam a região Noroeste e que acabam demandando atendimento em casos de acidentes. Pedro Cunha relatou que existe também a necessidade de transferir pacientes que necessitam de cuidados secundários para outras unidades, com a intenção de desafogar o hospital regional.

O secretário-geral citou como exemplo da Casa da Casa da Gestante de Alto Risco, que funciona dentro da unidade hospitalar. “Apesar de existir por cerca de três anos uma portaria ministerial com aporte financeiro no valor de R$ 50 mil mensais, não conseguimos um outro local para estas gestantes que vêm de muito longe, algumas de até 500 km”, destacou o conselheiro, pedindo à equipe da SES-MG e da FHEMIG para que providencie outro espaço para a Casa da Gestante, gerando um financiamento e liberando espaço físico no HRAD.

Os representantes da FHEMIG Diana Barbosa e Augusto Souza, representantes da FHEMIG informaram que a fundação irá aplicar recursos em uma reforma no hospital. A origem do recurso virá da própria FHEMIG e um convênio existente com a prefeitura de Patos de Minas, dará celeridade ao projeto.  “A prefeitura é responsável por licitar a obra, contratar quem fará o projeto. Cabe a FHEMIG fiscalizar a implantação desse recurso”, destacou Augusto. Diana acrescentou que o valor pode ser usado apenas para intervenções e não pode ser destinado para recursos humanos, por exemplo. Foi reiterado que as obras não são a solução para o Hospital Regional, mas que é um primeiro passo e devido a cobertura curta, a administração precisa fazer escolhas, e essa é uma forma de dar prioridade ao HRAD, disse a representação institucional.

CES mantem postura contrária à privatização

Ainda de acordo com Diana Barbosa e Augusto Souza, a FHEMIG buscou definir o papel do hospital, para que ele seja referência de alta complexidade e outros procedimentos de média escala.

O presidente do CES-MG, Ederson Alves, demonstrou a preocupação com a FHEMIG, mantendo a posição contrária do Controle Social à decisão de privatização desses hospitais. “Nossa preocupação é precarizar para privatizar”, destacou.

Como encaminhamento, foi aprovado criar um grupo de trabalho para acompanhar a reforma e ampliação, ações mais urgentes sobre o funcionamento da unidade, como contratação de profissionais, casa das gestantes, fluxo de atendimentos etc, e também articular e mobilizar militantes da saúde contrários às Organizações Sociais.

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