No dia 25 de setembro, a presidenta do CES-MG, Lourdes Machado, participou da audiência pública pela Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para dialogar sobre a proposta da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de expandir a mineração de ferro na cidade de Congonhas. O evento contou também com a participação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a secretaria de meio ambiente de Congonhas e a Frente Mineira de Luta dos Atingidos e Atingidas pela Mineração.
Lourdes Machado falou do papel do CES-MG e como a mineração afeta a saúde das pessoas. “O Conselho ajuda a formular e monitorar as políticas públicas, e quando a gente fala de mineração, a gente fala de saúde, então o controle social tem que estar presente. […] A gente vive no terrorismo de uma barragem a ser rompida. Somos atingidos também nos lugares que a barragem não rompeu”, disse.
Observo, também como moradora da cidade, a ansiedade, depressão, síndrome do pânico, e a sensação de insegurança geral. São evidentes os agravos à saúde mental da população como um todo. E isso vem também da falta de responsabilização das mineradoras, que não foram criminalizadas pelo ocorrido em Brumadinho e em Mariana. A mineração chega com a promessa de empregos, mas a destruição generalizada vem junto. Não sentimos confiança no ar que respiramos, na água que bebemos e nos alimentos que produzimos”
Lourdes Machado (presidenta do CES-MG)
A CSN, que estaria comprando imóveis na área para aumentar a extração de 33 milhões de ferro para 100 milhões de ferro, não enviou representantes para a audiência, sob argumento de estar sujeita às normas e regulamento da Comissão de Valores Mobiliários, não sendo permitido a divulgação de projetos e investimentos na área, sob pena de descumprimento das regras de mercado.
