Estado retoma o serviço de transplante de pulmão

No Dia Nacional de Doação de Órgãos (27/9), a presidenta do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG), Lourdes Machado, participou do evento no Hospital João XXIII para anunciar a retomada do serviço de transplante de pulmão no estado.

O procedimento, que foi realizado no estado de 1998 a 2014, estava suspenso desde então devido à falta de equipe ativa para o transplante do órgão. As pessoas com indicação de transplante de pulmão, até então, eram cadastradas em listas de espera de outros estados e encaminhas para acompanhamento via tratamento fora de domicílio (TFD). Em 2023, 18 pessoas entraram nessa lista.

Estavam presentes o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida, o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Arthur Chioro, a presidenta da Fundação Hospitalar de Minas Gerais, Renata Leles, a representante da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), Socorro Grossi, o diretor do Hospital das Clínicas da UFMG, Alexandre Ferreira e do diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado, que apresentou a política de transplantes em Minas.

Retomada e repasses em 2023

A retomada dos transplantes de pulmão é uma das ações da Política Continuada de Ampliação à Doação de Órgão e Tecidos do Sistema único de Saúde (SUS) aprovada no mês de agosto pela Comissão Intergestora Bipartite (CIB) e que vai destinar R$ 9,79 milhões anuais, que serão repassados por meio do Fundo Estadual de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e entidades sob a gestão estadual. Ainda em 2023, está previsto o repasse de R$ 2,32 milhões para qualificar as ações realizadas pelas Comissões Intra-Hospitalares para a Doação de Órgãos e Tecidos para transplantes.

Em sua 585ª Reunião Ordinária, realizada em agosto deste ano, CES-MG aprovou as Políticas de Transplantes e o Programa de Ampliação à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos do SUS-MG. O Conselho recomendou a formação de um grupo de trabalho do controle social para acompanhar esse processo e que seja incorporado um incremento extra para investir na conscientização da população para a importância de doar.

O diretor do MG Transplantes destacou ser essencial comunicar à família claramente o desejo de ser um doador é o primeiro passo para que, a partir do momento de constatação da morte, um ou mais órgão ou tecidos, em condições de serem aprovados para transplante, possam ajudar ou mesmo salvar a vida de outras pessoas.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Accessibility