Congonhas: CES é representado em evento sobre Saúde Mental

“Ainda estamos aqui – Uma memória de luta e resistência”. Este foi o tema principal da IX Jornada de Saúde Mental de Congonhas, realizada nos dias 21 e 22 de maio, no município. Participaram o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti; o prefeito Anderson Cabido, o vice Zelinho, o secretário municipal de saúde Gilmar Seabra, a coordenadora da Saúde Mental, Luciana Dias Teixeira e Glayson Barbosa do Conselho Municipal de Saúde.

A presidenta do #CESMG, Lourdes Machado, participou da mesa de abertura, ressaltando que “o evento celebra a luta antimanicomial, reafirmando o compromisso com uma sociedade sem manicômios, onde o cuidado em liberdade, o respeito à diversidade e os direitos humanos sejam garantidos”. Lourdes abordou o tema “Luta Antimanicomial e Patologia Social”.

“Só existe a rede de atenção psicossocial porque existe o SUS. Não existe este serviço na rede privada. Por isso temos sempre que defender nosso sistema”, enfatizou Lourdes. Ela marcou também, a participação de Congonhas, pela primeira vez, do desfile político cultural em Belo Horizonte. “São quase 4 mil pessoas na rua comemorando o Dia da Luta Antimanicomial”, lembrou. Assim como a criação, no município, do primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), da região Centro Sul onde o município polo é Barbacena.

“Temos um olhar muito especial para esta pauta”, informou o Secretário Estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, ao ressaltar o protagonismo de Congonhas no cuidado com a rede de Saúde Mental, “a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) daqui é um exemplo de política para toda Minas Gerais”.

O prefeito Anderson Cabido relata que “estão aprimorando a RAPS municipal e que existem muitos desafios e que os mesmos precisam ser revisitados todos os dias. O SUS e as redes assistenciais são conquistas do País e da nossa cidade. ”

Para o Secretário Municipal de Saúde Gilmar Seabra, é fundamental compreender a importância do apoio do grupo médico à rede de Saúde Mental. O vice prefeito Zelinho, por sua vez, reafirmou que “temos tido um trabalho muito dedicado de fortalecimento das instituições para que possamos refletir isso em excelência para nossos usuários”.

A coordenadora da Unidade Regional de Saúde Mental Luciana Dias Teixeira, afirma que “o tema da jornada estimula uma reflexão sobre o nosso trabalho, apresentando a necessidade de construirmos uma rede psicossocial forte, em que cada um reconheça seu papel e que permita aos nossos usuários usufruir dos seus direitos, que lhes são garantidos por lei.
Foram compartilhados reflexões, experiências e resistências em defesa da vida, da dignidade e da liberdade.

O evento abordou diversos assuntos, como homenagens a alguns profissionais e usuários que fizeram parte da Unidade Regional de Saúde Mental de Congonhas; e os eixos:

  • “Voltar para o meu lugar”: O Território como espaço de cuidado e de desafios;
  • Saúde mental no hospital geral;
  • O dia que acompanhei um usuário à Comunidade Terapêutica: reflexões no território;
  • “A estranha mania de ter fé na vida: “Direitos, Dignidade e Resistência”;
  • Possibilidades de trabalho para pessoas com sofrimento mental;
  • “Caminhando” juntos: cuidar, circular, resistir;
  • Centro de Convivência: a delicada arte de reconstruir laços e produzir encontros;
  • Cuidar de quem cuida: um olhar e escuta ao profissional de saúde mental;
  • “Pra Não Dizer que Não Falei da Cor”: decolonizando olhares por uma RAPS antirracista;
  • Da branquitude à negritude: o negro vai à terapia;
  • Escurecendo o debate: reflexões acerca de uma clínica antirracista em serviços de saúde mental;

Fotos: Daniel Silva e Ascom/SES

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