CISTT reúne membros para discutir propostas sobre Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

O auditório do CESMG recebeu no dia 21 de setembro a Reunião Ampliada da Comissão Intersetorial da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT). Estiveram presentes conselheiras e conselheiros do CESMG, membros da CISTT dos municípios de Betim, Belo Horizonte, Contagem, Diamantina, Patos de Minas e Sete Lagoas. Também participaram representantes dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de diversas regiões do Estado.DSC_0297

O encontro apresentou propostas de avanço no campo da Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, analisando suas dificuldades e potencialidades. Para o vice-presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), é necessário que a CISTT seja representativa, com a participação de outras entidades, além dos conselheiros. “Precisamos atuar de maneira mais aberta, trabalhando a intersetorialidade dentro das CISTT’s municipais e criando uma cartilha normativa e orientadora para que as Comissões possam atuar ativamente em todo o Estado”, ressaltou. A cartilha da CISTT já está sendo elaborada por um grupo de trabalho da CISTT – MG .

Ederson resgatou ainda que os conselhos municipais devem ser fortalecidos para que consigam implantar sua CISTT municipal, o que seria um ganho importante para o controle social. Outra importante pauta levantada pelo vice-presidente foi a Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora para o Estado de Minas Gerais, a ser apresentada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) para apreciação e deliberação do CESMG.

Cenário da Saúde do Trabalhador foi tema de debates

O coordenador da CISTT-MG, Antônio de Pádua Aguiar (CUT-MG), não só enfatizou a importância da Comissão no Estado como também defendeu uma proposta já citada por ele antes: “uma diretriz individual atendendo o coletivo”, ou seja, considerar a intersetorialidade na tomada das decisões que atinjam a política de Saúde do Trabalhador (a).

A coordenadora de Saúde do Trabalhador de Minas Gerais, Marta Freitas (SES/MG), apresentou uma palestra sobre o controle social na política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Marta apresentou dados sobre a condição dos trabalhadores no Brasil, lembrando que Minas é um dos últimos estados do país a retomar a CIST. (A atual gestão do CESMG priorizou a CISTT em suas ações). Segundo a coordenadora, quarenta trabalhadores não retornam ao trabalho por invalidez no Brasil. Outro dado preocupante foi a quantidade de vítimas fatais de acidente por ano: 2,34 milhões de pessoas, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).  Na sua visão, números como esses somente são revertidos através de atuação conjunta. “Precisamos sair da ‘caixiDSC_0300nha’: sindicatos, empresas e a Previdência Social precisam atuar de forma conjunta, atendendo às necessidades de demanda”, concluiu a coordenadora.

Política de Saúde do Trabalhador (a) deve reconhecer demandas regionais

Após a palestra, houve um debate sobre a importância do Controle Social na Política de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador; a criação de proposta da CISTT para avançar em Saúde do Trabalhador e Trabalhadora; e as análises da CISTT nas regiões.

Trazendo a realidade da Saúde do Trabalhador no Estado, casos preocupantes foram relatados. De acordo com Luciana Meireles (Vigilância em Saúde/ SRS Divinópolis), devido ao trabalho exaustivo nas máquinas de costura, a cidade do Centro-Oeste mineiro é onde as mulheres mais usam fraldas geriátricas. O coordenador da CISTT-MG, Antônio de Pádua, pontuou que a atual carga de trabalho das mulheres dentro das empresas somada à jornada doméstica acarreta em adoecimento. “A funcionária dependente, aquela que possui filhos, tem facilidade em ser manipulada pela empresa. E isso precisa ser mudado”, defendeu Pádua.

Os participantes poderão levar as propostas debatidas durante a reunião ampliada para fortalecer as CISTT Municipais. Entre estas propostas está a criação de uma agenda de discussão e de ações para a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, além da ampla divulgação entre os conselhos municipais sobre o que é a CISTT e sua função.

 

7º Encontro Nacional das CISTT’s

Um dos objetivos da reunião ampliada foi debater os temas do 7º Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora – CISTT, que acontecerá entre os dias 16 e 18 de novembro, em São Luís (MA), promovido pelo Conselho Nacional de Saúde, em parceria com a Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde e do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (CEREST) do Maranhão.

A CISTT mineira discutiu as três temáticas apresentadas pelo CNS:

  • A importância do Controle Social na Política de Saúde do Trabalhador;
  • Proposta da CIST para avançar no campo da saúde do trabalhador;
  • Análises da CIST na região (dificuldades e potencialidades), apresentando um breve diagnóstico das questões apresentadas.

Os Conselhos Municipais de Saúde que possuem CISTT devem realizar atividades seguindo as orientações encaminhadas pelo CNS até o dia 30 de setembro. Os relatórios devem ser enviados para o CESMG e CNS.

 

 

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