Na tarde desta última quinta-feira (11/05), a Comissão Organizadora da 1ª Conferência Estadual de Saúde da Mulher (CESMu) se reuniu na Cidade Administrativa para realizar uma videoconferência entre as Unidades e Gerências Regionais da Saúde com a participação dos Conselhos Municipais de Saúde de cada região.
Entre os objetivos da CESMU está a elaboração de políticas públicas estaduais de saúde para as mulheres, assim como a etapa nacional, em agosto. Em um Estado com 853 municípios, ouvir as propostas de cenários variados é uma oportunidade de exercer uma política de saúde mais inclusiva, onde diferentes realidades possam ser ouvidas.
Com o tema “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade”, a CESMU tem como intuito também mobilizar e engajar as mulheres em movimentos sociais, dando a elas voz e protagonismo. A secretária-geral do CESMG, Lourdes Machado, pontuou sobre a importância em realizar as conferências municipais diante do atual cenário político: “Com as reformas trabalhistas e da Previdência, a tendência é de que percamos os direitos conquistados. A realização das conferências municipais é o caminho para que essa voz seja ouvida. É preciso pensar em políticas para mulheres negras, lésbicas, transexuais, camponesas e todas as outras”, enfatizou.
A secretária-geral ainda levantou questões que afetam a saúde da mulher, como a jornada tripla de trabalho com serviços domésticos. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontou recentemente que as mulheres trabalham até 7, 5 horas a mais por semana que os homens. Consequentemente, esse fator influencia na saúde da mulher. Por isso a importância em criar políticas de saúde fora do plano reprodutivo.
As regionais de saúde e suas respectivas cidades trouxeram dúvidas sobre como fazer a conferência além da eleição de delegadas e delegados para a etapa estadual e a paridade de segmentos para a eleição de delegados, que foram esclarecidas pela Comissão Organizadora.
842 total views, 1 views today