Nota do CES-MG sobre a retomada das obras do Hospital Regional de Governador Valadares

O governo de Minas anunciou na terça-feira (4/5), a retomada das obras do Hospital Regional de Governador Valadares, paralisadas desde 2016. O investimento será de R$ 75 milhões, com recursos de um acordo homologado junto à 12ª Vara da Justiça Federal como parte de compensação dos prejuízos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015. No anúncio, o governo alega que a retomada das obras faz parte do compromisso firmado pelo governador Zema, ainda em 2019, quando determinou prioridade à retomada das intervenções nos hospitais regionais em Minas.

Entretanto, o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) vem lutando pelo recomeço das obras no Hospital Regional de Governador Valadares, desde 2015, período em que o prédio estava abandonado. Com o passar dos anos a construção foi se deteriorando e a situação foi pautada em uma reunião com o Ministério Público, representante da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e o vice-presidente do CES-MG, Ederson Alves.

Para conhecer a situação de perto, o CES-MG realizou uma visita ao prédio do hospital em 25 de julho de 2019. Juntaram-se ao vice-presidente na visita, a 1ª secretária de Comunicação e Informação do SUS, Fernanda Coelho e o conselheiro estadual de Saúde, morador de Governador Valadares, Erli Rodrigues, sendo que, este último, nos anos seguintes, continuou a relatar as observações sobre a lamentável situação em que o prédio se encontra, a despeito da evidente necessidade da população por assistência especializada, leitos, cirurgias eletivas e cobertura assistencial do território.

Em todas as tratativas com o Conselho, o governo havia acenado que as obras entrariam no acordo de compensação dos prejuízos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, e quando o assunto foi finalmente encaminhado, o CES-MG ficou sabendo por meio da imprensa, o que causa repúdio e indignação. O governo, mais uma vez, desconsiderou a mobilização regional e a atuação do Controle Social para que as obras fossem retomadas.

Mesa Diretora do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais

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